Os Olhos...

Os olhos...

São como portas que adentram dentro da alma. Transparecem o mundo que nós somos. Um olhar não engana, mesmo que se queira mostrar o inverso.

Um olhar pode valer por todas as palavras, porque elas próprias se podem tornar vãs. O espelho onde as emoções correm pode ser toldado ou límpido. Algumas nuvens podem o percorrer, ou chuva que os molha, mas quiçá o Sol também possa por lá morar.

Uns olhos apaixonados, não possuem humores de trovoadas. Há uma luz límpida que os domina e que é partilhada a quem se destina. Uma cumplicidade em forma de um arco-íris onde todas as cores, todas as alegrias, todas as emoções tornam-se mais evidentes. Nessa altura o corpo reage e é nesse estado que através dos olhos vemos um mundo mais belo e sentimos com sensibilidade acrescida a quem nos mora nas janelas da alma.

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