quarta-feira, junho 29, 2011

  • Angell
  • A Voz Cala...

    A voz cala... tantas vezes o que nos vai no peito.

    São palavras mudas, gritos que se fecham dentro de nós. Sentimentos que se exaltam e se ateiam em brando rastilho. Um suspirar constante que aquece por dentro. Prosas que se imaginam, que se querem, que se multiplicam por mil e uma vontades. Por enquanto enclausuradas na torre do nosso castelo.
    Sorrisos que afloram, meio tolos a olhos desconhecedores. Que sabem eles? Nada, apenas olham sem olhar. Eu? Permaneço em sentimentos que me fazem passar mais ligeiro o tempo. Vejo rostos, cansados, sem esperança, sem motivação; apenas gente que se lamenta por tudo e por nada. Será que não param um pouco? Não pesam o que possuem de bom? A eterna insatisfação que destrói e falam, gritam, esperneiam e nada vêm e tudo falam...

    Eu calo o que germina no meu peito, até que do silêncio se fará voz...
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    Foto: Retirada algures da net. Créditos a devidos direitos.