Somewhere...
Algures... sei que surgiste vinda do nada. Desse nada surgiu um tudo, uma vontade que se preenchia. Palavras tantas foram ditas; sonhos começaram a nascer por onde o querer era muito forte. Eu começava e tu acabavas, era a mesma sintonia e parecia um sonho que afinal poderia ser verdadeiro.
Talvez se tivesse sido um filme e nós as protagonistas, talvez e só talvez pudesse ter sido vivido e tornado real. Do que poderia ser o amor sonhado surgiram situações, confissões e nada era tão simples como era suposto ser.
Tentei ainda agarrar-te, fazer com que lutasses, mas não, a vida que vivias (mesmo sendo a que não sonhaste ou idealizas-te), era muito mais fácil e acolhedora.
Partiste tal como apareceste. Algures no horizonte a tua sombra esfumou-se e assim ficou tudo como se nada tivesse acontecido. Como se fosse fácil pegar num pincel e apagar as cores, o rasto forte que foi desenhado.
Não me esqueço de quem me tocou, de quem fez-me acreditar; mesmo que o coração tenha sido magoado. Acredito que o amor tem a sua maneira, a sua porta para um qualquer significado. Talvez não estivesse escrito que os nossos caminhos iriam permanecer. Talvez até fosses (ou sejas) a tal. Acho que nem sempre ficamos com o amor que poderia ser eterno, o da nossa vida. Será a vida simples, ou somos nós que complicamos? Não sei!
Sei que aqui estou e vou permanecer. Os caminhos irão levar-me a algum lado e ai espero que algures esteja quem irá permanecer.
Fica bem, sê feliz.
Tua
Angell
P.S.: Esta música ficará para sempre em mim!
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Uma carta. Lembranças reais ou fictícias? A vontade de dizer o que por aqui anda, talvez...
Façam o favor de serem felizes!
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Foto: Somewhere
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