quinta-feira, setembro 09, 2010

  • Angell
  • Amar, Simplesmente


    8:30 da manhã, entro na cama e enrosco-me naquele corpo ainda adormecido. Estou lamentavelmente fria, esfomeada, cansada e a precisar de um banho. Sinto necessidade de a abraçar, sentir o seu cheiro, o seu pulsar, apenas senti-la junto de mim. Dou-lhe um beijo suave na bochecha e ela resmunga:
    - Estás tão fria, vais congelar-me. – Esboça um sorriso pelo meio das palavras ensonadas e abrindo os olhos volta-se para mim.
    - Tadinha da minha menina. Deixa-te estar aqui na cama eu aqueço-te. – Um sorriso maroto aflorou daqueles lábios cheios e vermelhos. Meu Deus, como ela era bela e como eu a amava. O meu coração pulsava forte, a adrenalina começou a invadir-me. Sorri com um ar maroto e apaixonadamente respondi-lhe:
    - Amor, e eu faço-te a vontade!
    Enlaçou os seus braços à volta do meu pescoço puxando-me para ela. Olhei-a e não resistindo beijei-a. O frio já me tinha abandonado, eu não lhe conseguia resistir. Eu não queria resistir-lhe, essa era a verdade. Estava completamente rendida apaixonadamente por ela.
    - Paixão, não me aqueças mais, sabes que estou fraquinha. – Sorri.
    - Sei, por isso que eu me quero aproveitar de ti. – Sorriu mostrando os seus dentes magnificamente brancos. Era mesmo sexy o seu sorriso.
    - Depois do banho e de comer eu já te digo como é. Só te vou deixar quando o sono me conquistar também.
    - Vai lá tomar banho. Por acaso acho que também estou a ficar com fome.
    - Espera um pouco, fica na caminha. Eu já te trago o pequeno almoço. – Comecei a despir-me e agarrei na roupa para dormir. Na verdade, acabei por abanar a cabeça, afinal eu não fazia tensão de a vestir quando saísse do banho. Queria ser rápida para poder estar nos braços do meu amor. Olhei-a. Espreguiçou-se preguiçosamente. Imaginei uma gata a fazê-lo e a ronronar. Suspirei e parti em direcção ao duche.
    Os manjares depressa desapareceram, acalmando a fome. A outra, essa estava a começar. Sentia-me agora reconfortada, o calor invadia-me e dava-me força, energias. Estava na hora de seguir as vontades, os olhares, os toques. Beijei-a suave nos lábios. Ela exigiu mais, muito mais. Arrebatou-me num abraço. Tocou-me com dedos de seda, percorrendo-os na descoberta dos sentidos. Os arrepios sucediam-se. A pele absovia o toque, os beijos. O desejo era demais. A felicidade estampada nos nossos rostos. Olhares cúmplices de amantes apaixonadas. Amei-a meigamente, agilmente, calmamente, urgentemente também.
    Cansada e feliz enrosquei-me novamente nela. Os corpos desnudados, pequenos beijos no seu pescoço. Proferi-lhe palavras de amor. Ela correspondeu. De sorriso desenhado no rosto, adormeci.
    ________

    Se teu sonho for maior que ti
    Alonga tuas asas
    Esgarça os teus medos
    Amplia o teu mundo
    Dimensiona o infinito
    E parte...
    E esparrama pelo caminho
    A solidão que te roubou
    Tantas fantasias
    Tantos carinhos
    E tanta vida!

    Voa alto!
    Voa longe!
    Voa livre!
    Voa!

    Ivan Lins
    __________

    Um pequeno conto fictício. Talvez seja seguido de continuidade, ou talvez não. O objectivo, sempre o amor. Uma simples história apenas.

    Nota: O poema encontrava-se por baixo da foto. Achei que fazia todo o sentido... pelo menos para mim.
    Foto: Se o encanto acontecer... -Lena Queiroz - Olhares

    2 Comments:

    Anonymous Suh said...

    ola!!

    acabei de ler este belo conto, e devo dizer:

    está lindissimo..
    espressou completamente o sonho que tenho emn ter a minha mamurada um dia... assim na minha cama.. xP

    adorei o teu blogue*****

    continuações de um optimo trabalho

    12:51 da tarde  
    Blogger Angell said...

    Suh,

    Sê bem vinda ao "Imagine"! :))

    Obrigada pelas palavras! Ainda bem que o conto agradou!

    Tal como tu, também eu gostava de ter alguém assim ao meu lado. Tal como eu, não desistas. Iremos acabar por conseguir!:))

    Volta sempre!

    Bjs!

    10:05 da tarde  

    Enviar um comentário

    << Home