Amar, Simplesmente
8:30 da manhã, entro na cama e enrosco-me naquele corpo ainda adormecido. Estou lamentavelmente fria, esfomeada, cansada e a precisar de um banho. Sinto necessidade de a abraçar, sentir o seu cheiro, o seu pulsar, apenas senti-la junto de mim. Dou-lhe um beijo suave na bochecha e ela resmunga:
- Estás tão fria, vais congelar-me. – Esboça um sorriso pelo meio das palavras ensonadas e abrindo os olhos volta-se para mim.
- Tadinha da minha menina. Deixa-te estar aqui na cama eu aqueço-te. – Um sorriso maroto aflorou daqueles lábios cheios e vermelhos. Meu Deus, como ela era bela e como eu a amava. O meu coração pulsava forte, a adrenalina começou a invadir-me. Sorri com um ar maroto e apaixonadamente respondi-lhe:
- Amor, e eu faço-te a vontade!
Enlaçou os seus braços à volta do meu pescoço puxando-me para ela. Olhei-a e não resistindo beijei-a. O frio já me tinha abandonado, eu não lhe conseguia resistir. Eu não queria resistir-lhe, essa era a verdade. Estava completamente rendida apaixonadamente por ela.
- Paixão, não me aqueças mais, sabes que estou fraquinha. – Sorri.
- Sei, por isso que eu me quero aproveitar de ti. – Sorriu mostrando os seus dentes magnificamente brancos. Era mesmo sexy o seu sorriso.
- Depois do banho e de comer eu já te digo como é. Só te vou deixar quando o sono me conquistar também.
- Vai lá tomar banho. Por acaso acho que também estou a ficar com fome.
- Espera um pouco, fica na caminha. Eu já te trago o pequeno almoço. – Comecei a despir-me e agarrei na roupa para dormir. Na verdade, acabei por abanar a cabeça, afinal eu não fazia tensão de a vestir quando saísse do banho. Queria ser rápida para poder estar nos braços do meu amor. Olhei-a. Espreguiçou-se preguiçosamente. Imaginei uma gata a fazê-lo e a ronronar. Suspirei e parti em direcção ao duche.
Os manjares depressa desapareceram, acalmando a fome. A outra, essa estava a começar. Sentia-me agora reconfortada, o calor invadia-me e dava-me força, energias. Estava na hora de seguir as vontades, os olhares, os toques. Beijei-a suave nos lábios. Ela exigiu mais, muito mais. Arrebatou-me num abraço. Tocou-me com dedos de seda, percorrendo-os na descoberta dos sentidos. Os arrepios sucediam-se. A pele absovia o toque, os beijos. O desejo era demais. A felicidade estampada nos nossos rostos. Olhares cúmplices de amantes apaixonadas. Amei-a meigamente, agilmente, calmamente, urgentemente também.
Cansada e feliz enrosquei-me novamente nela. Os corpos desnudados, pequenos beijos no seu pescoço. Proferi-lhe palavras de amor. Ela correspondeu. De sorriso desenhado no rosto, adormeci.
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Se teu sonho for maior que ti
Alonga tuas asas
Esgarça os teus medos
Amplia o teu mundo
Dimensiona o infinito
E parte...
E esparrama pelo caminho
A solidão que te roubou
Tantas fantasias
Tantos carinhos
E tanta vida!
Voa alto!
Voa longe!
Voa livre!
Voa!
Ivan Lins
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Um pequeno conto fictício. Talvez seja seguido de continuidade, ou talvez não. O objectivo, sempre o amor. Uma simples história apenas.
Nota: O poema encontrava-se por baixo da foto. Achei que fazia todo o sentido... pelo menos para mim.
Foto: Se o encanto acontecer... -Lena Queiroz - Olhares
2 Comments:
ola!!
acabei de ler este belo conto, e devo dizer:
está lindissimo..
espressou completamente o sonho que tenho emn ter a minha mamurada um dia... assim na minha cama.. xP
adorei o teu blogue*****
continuações de um optimo trabalho
Suh,
Sê bem vinda ao "Imagine"! :))
Obrigada pelas palavras! Ainda bem que o conto agradou!
Tal como tu, também eu gostava de ter alguém assim ao meu lado. Tal como eu, não desistas. Iremos acabar por conseguir!:))
Volta sempre!
Bjs!
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